Cheguei à época da reunião da escola. Pensamentos passaram a
atormentar a minha mente. Não pelo como estarão todos, mas sim como eu estou. Numa
perspectiva bem chata e tediosa penso que talvez tenha dedicado a minha vida
aos estudos, aos meus pais e muito pouco em mim. Uma parte de mim sente orgulho
ao ser lembrada pelos pais como a menina que não dá trabalho, a outra fica
triste. Pouco me diverti? Pouco amei? Tudo isso para que? Para que existimos e
quais são as nossas missões nesta vida? E afinal, existe isso de missão? Sigo sentindo um misto de vazio e saudade de
algo que nunca tive, e que também não sei o que é. É aquela sensação que vem de
dentro do ser quando se está fazendo algo muito errado. Muito incompleto. Será
que estou deixando tudo passar em branco? Tenho tempo de corrigir isso? Como se
corrige isso? Como se faz para existir de uma maneira mais branda, com um
coração mais suave? Porque tenho uma alma tão inquieta? Talvez, na próxima reunião,
as dos 20 anos, eu tenha as minhas
respostas.
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